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24 de set. de 2014

Dormir ao frio acelera metabolismo e combate obesidade e diabetes



Os cientistas sabem há muito tempo que dormir num quarto frio pode ajudar a ter um sono mais tranquilo.

Mas agora uma nova pesquisa sugere que há uma outra grande vantagem a dormir ao frio. A temperatura mais baixa pode acelerar o metabolismo.

Pesquisadores descobriram que as temperaturas frias podem estimular o crescimento de gordura marrom, um tipo especial de gordura que queima energia.

Tal facto pode melhorar sua saúde metabólica e proteger contra obesidade e diabetes. "O grande mistério até agora era saber se poderíamos manipular o crescimento e o encolhimento da gordura marrom num ser humano", diz Paul Lee, endocrinologista em Sydney, na Austrália.

De facto, o novo estudo sugere que isso é possível. No estudo de quatro meses, cinco homens saudáveis foram instruídos a viver as suas vidas normalmente durante o dia e a dormir num laboratório de clima controlado.

No primeiro mês, foi mantida a temperatura de 24 graus, uma temperatura termo-neutra que não exige que o corpo "trabalhe" para gerar ou perder calor. A temperatura foi reduzida para 19 graus no segundo mês, trazida de volta a 24 graus no terceiro, e depois aumentada a 27 graus, no último mês.

No final de cada mês, os pesquisadores mediram a gordura marrom dos homens e avaliaram as alterações metabólicas. "No mês frio, a gordura marrom aumentou entre 30% e 40%", disse Lee em um comunicado.

"No segundo mês termo-neutro, 24 graus, a gordura marrom caiu, retornando à linha de base. Quando elevamos a temperatura a 27 graus, durante o quarto mês, o volume de gordura marrom ficou abaixo da linha de base".

Esta não é a primeira vez que cientistas relacionam a temperatura ambiente à gordura corporal. Um estudo de 2006 sugeriu que o uso de aquecimento central e ar-condicionado para manter temperaturas constantes no quarto, faz o corpo gastar menos energia.

Tal facto pode ser explicado pelo motivo do corpo não precisar de trabalhar para se aquecer ou se resfriar, levando potencialmente a um maior acúmulo de gordura. O novo estudo foi publicado online na revista Diabetes a 22 de junho de 2014.